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Voar é um desejo que começa em criança!

sábado, 1 de setembro de 2012

Carreiras na Aviação

Piloto de avião e Comissário de bordo
Entre diversas profissões ou atividades que requerem horários diferenciados para seu exercício, a redatora Talita Abrantes, de Exame.com, relacionou médicos, jornalistas, operadores de plataformas de petróleo, controladores de tráfego aéreo, piloto e comissários de bordo. Diz o texto de Talita: “É sexta-feira começar, para muitos profissionais por aí iniciarem uma espécie de contagem regressiva coletiva para o fim de semana. Mas, Brasil afora, muita gente raramente irá participar deste tipo de movimento. Em algumas profissões, a ideia de sábado e domingo como sinônimo de dias de folga é ficção ou história de um reino muito, muito distante. Horário comercial então? Nem pensar.” Em 15 anos de carreira como comissária de bordo da TAM, Alessandra Costa (ou comissária Tamiza) passou apenas quatro natais ou réveillons com a família. Os outros onze foram a bordo de um avião. O que para muita gente pode ser significado de pesar (e reclamação), para ela é satisfação. “Como nós, muitas vezes, o passageiro também está longe da família nestas datas. É gratificante atendê-lo nestas ocasiões”, afirma. Foi bem na virada do ano de 2008 para 2009, em uma decolagem em Paris, que o comandante Euler de Souza teve um dos momentos mais marcantes de sua carreira. “Fizemos uma curva em direção à Torre Eiffel e, neste momento, começou a queima de fogos”, conta. “Se tivesse cronometrado não teria dado tão certo”. Por lei, a jornada de trabalho de um aeronauta varia de acordo com o tipo de tripulação que ele integra. Essas jornadas variam de 11 a 20 horas. O período de repouso correlato de 12 a 24 horas – dependendo do tipo de jornada que o profissional desempenhou. Se estiver longe de casa, o tripulante tem direito a acomodações e transporte para o aeroporto. São nestes períodos, afirmam os dois profissionais, que é possível, sim, conhecer o mundo. Geralmente, a escala de voos do mês é entregue para a tripulação do avião nos últimos dias do mês anterior. “Nossa vida é desregrada, mas é programada”, afirma o comandante. No mínimo, os aeronautas têm direito a oito folgas por mês. Destas, pelo menos duas devem ser juntas e cair em um fim de semana. “Quem trabalha em avião nasceu para isso”, diz a comissária Tamiza. “Às vezes, tem o aniversário de alguém e você não pode ir, é triste, mas você tem que ser resiliente. A profissão tem muitos ganhos: a cidade está com aquele trânsito e você de folga, tem a cultura e o conhecimento de outros países”.

Fonte: http://exame.abril.com.br