Boa leitura!
Transformação pela educação
Recentes publicações econômicas estão apresentando manchetes preocupantes e que não nos colocam em vantagem na posição que o mundo global nos reserva entre as nações de maior sucesso.
Assim, as indicações levam-nos a pensar que teremos participação menor no contexto das previsões de analistas internacionais. Ou, o que em nada ajuda, a de um país no seu sempre padrão do passado de ‘em desenvolvimento’. Ou seja, ganhando um quinhão menor da prosperidade internacional.
As notícias são de nossa quase impossibilidade de nos compararmos com os aumentos de produtividade e de ocupação do mercado de produtos ou de serviços mundiais, os quais parecem sempre estar ocupados pelos tradicionais ‘desenvolvidos' ou, em particular, pelos novos emergentes, entre os quais se destacam a Coreia do Sul e a China.
Cabe pergunta sobre razões do motivo de isso estar acontecendo. Consultando quadros de estatísticas do IBGE, constatamos a natural preocupação de verificar uma queda, desde o início dos anos 2000, nas matrículas e nas graduações em quase todos os níveis da educação nacional. As empresas brasileiras de tecnologia mais avançada já estão procurando recrutar talentosos colaboradores no exterior por falta de profissionais locais suficientemente qualificados. E os produtos modernos se apresentam cada vez mais complexos tanto para serem projetados como fabricados, requerendo especialistas de maiores níveis de preparação. Portanto, a resposta à pergunta feita certamente tem base no que estamos oferecendo para melhor educar e preparar os jovens brasileiros para competir no mercado mundial, crescentemente competente.
Nas competições internacionais sobre cultura e educação, emergem quadros de insuficiência dos estudantes brasileiros e abundam comentários sobre falta de talentos humanos qualificados até para atender números de vagas disponíveis nas empresas.
A Coreia do Sul, em contrapartida, aparece no mercado internacional como país apaixonado pela educação, numa associação entre pais preocupados e autoridades procurando satisfazer a incrível e contínua demanda por saber. Os alunos coreanos dos cursos fundamentais são considerados os melhores nas disputas das competições internacionais. A pergunta é direta: serão eles superdotados? Nada disso, apenas tiveram oportunidades de estudar em boas escolas de qualidade diferenciada que usam e contam com métodos e processos de ensino também melhores.
É fato constatado que a Coreia não apenas investe mais e melhor em educação do que o Brasil,como também continua a fazer uso mais eficiente do dinheiro. Os coreanos gastam duas vezes mais na formação de um universitário do que na de um aluno de ensino fundamental, o que é proporção equilibrada para padrões internacionais. No Brasil,um universitário custa muito mais caro. Parece que aqui gastamos pouco com ensino fundamental e muito com setor universitário.
Há 50 anos, a Coreia estava sendo destruída por guerra civil que dividiu o país ao meio, deixou um milhão de mortos e a maior parte da população na miséria. Um em cada três coreanos era analfabeto. Hoje, oito em cada dez habitantes chegam às universidades. Os esforços para mudar o quadro iniciaram-se na década de 70. Em trinta anos, o quadro virou e surpreende que o pequeno país, não dispondo de matérias primas, hoje está em todos os países, tendo seus produtos ganhando aceitação no mundo inteiro.
Na China não é diferente. Os produtos chineses que estão em praticamente todas esquinas das cidades brasileiras já não são aqueles que se dizia
no passado como algo de qualidade inferior. Nos produtos da moderna economia chinesa ficam claros padrões de acabamento e de adequação ao uso embutidos no que estão produzindo para abastecer as prateleiras do mundo.
Podemos estar certos de que todo esse sucesso passa pela base de educação diferenciada e eficaz. Temos que nos preocupar com novos padrões para formar os brasileiros do futuro, pois se nada fizermos ficaremos fora da transformação possível e necessária