As mulheres na aviação civil e militar
Mais de 8 mil mulheres integram a Força Aérea Brasileira (FAB). Nas aeronaves, pistas, hangares, escolas de formação, hospitais, controle de tráfego aéreo e nas unidades administrativas as mulheres estão cada vez mais presentes na Força Aérea Brasileira (FAB). Desde 1982, com as primeiras sargentos e oficiais treinadas no CIAAR- Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica, sediado em Belo Horizonte (MG), hoje elas se incorporam à Força por meio de concursos como militares de carreira ou temporários.
Em 2003, a então Cadete-Aviadora Gisele Cristina Coelho de Oliveira foi a primeira mulher a voar sozinha em uma aeronave militar no Brasil. Ela pilotou um planador TZ-23 do Clube de Voo a Vela da Academia da Força Aérea(AFA). No ano seguinte, a então Cadete-Aviadora Fernanda Göertz tornou-se a primeira piloto militar a solar um avião de instrução básica (T-25) na AFA. Em 2008, a Tenente Márcia Regina Laffratta Cardoso tornou-se a primeira aviadora a ser declarada Piloto de Busca e Salvamento. Já em 2009, pela primeira vez, uma dupla feminina comandou uma missão. As tenentes-aviadoras Joyce de Souza Conceição e Adriana Gonçalves, do Sétimo Esquadrão de Transporte Aéreo(7º ETA), decolaram de Manaus (AM) em um C-98 Caravan em direção a Parintins (AM). Ainda em 2009, a 3º Sargento Vanessa Felix se tornou a primeira militar da Força Aérea a conquistar o brevê de paraquedista. No ano seguinte, durante a Reunião da Aviação de Asas Rotativas, a 3º Sargento Pollyana Soares de Aredes foi a primeira mulher a atirar com uma metralhadora Minigun, de um Helicóptero H-60 Black Hawk. Já em 2011, a Tenente Carla Alexandre Borges se tornou a primeira aviadora a assumir o comando de uma aeronave de caça de primeira linha da Força Aérea, o jato AMX A-1. As mulheres puderam ingressar na Escola de Especialistas de Aeronáutica a partir de 2002. A turma Império Azul, do Curso de Formação de Sargentos, recebeu 287 alunos, dos quais 56 eram mulheres.
As mulheres podem ingressar na Força Aérea Brasileira, mediante exame de admissão, em vários cursos ministrados na EEAR - Escola de Especialistas de Aeronáutica, sediada em Guaratinguetá, SP; na AFA - Academia da Força Aérea, localizada em Pirassununga, SP; no CIAAR - Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica, instalado em Belo Horizonte, MG; no ITA – Instituto Tecnológico de Aeronáutica, em São José dos Campos,SP. E também por meio de concursos regionais, com formação em quartéis, para técnicos e graduados em nível superior, como militares temporários, com possibilidade de permanência por oito anos na Força Aérea.
Na aviação civil
Outras possibilidades para as mulheres na aviação é na condição de pilotos de aeronaves, comissárias de bordo ou técnicas de manutenção de aviões, a partir de curso de formação em aeroclubes e escolas de aviação. Também ocupam importantes funções na administração de aeroportos, atendimento aos passageiros, incluindo as que cursam uma faculdade de Ciências Aeronáuticas.
No Brasil, pioneiras da aviação civil como Joana Martins Castilho, Ada Rogato, Thereza de Marzo, Anésia Pinheiro Machado, Lucy Lupia e tantas outras já tinham revelado ao país e ao mundo, há muito tempo, a extraordinária capacidade das mulheres também na aviação.
Fonte: FAB