Na próxima terça-feira, 29 de março de 2016, o primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, brindará o 10º aniversário de sua viagem ao espaço. Registramos hoje este feito extraordinário, que tanto estímulo tem gerado para nossas crianças e jovens.
Boa leitura.
Bom domingo!
Feliz Páscoa!
Os dez anos do voo do 1º astronauta brasileiro ao espaço
E lá se vão 10 voltas do planeta Terra ao redor do Sol. Há 10 anos, no dia 29 de março de 2006, numa façanha nunca antes realizada, um brasileiro rompia o limite superior da atmosfera terrestre e projetava-se no espaço. Era a viagem do primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, realizando a pioneira missão espacial tripulada da história do Brasil. Ele executou a Missão Centenário, em honra aos 100 anos do voo do avião 14 Bis, aparelho mais pesado que o ar capaz de decolar por meios mecânicos próprios, invenção de Alberto Santos Dumont.
Marcos Pontes permaneceu no espaço por 10 dias, a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), tendo como funções técnicas a montagem, manutenção e configuração de sistemas, além da execução de experiências científicas do Brasil e outros países.
A Missão Centenário foi contratada e planejada pela Agência Espacial Brasileira (AEB), com os objetivos de executar manutenção dos sistemas da estação orbital ISS e da nave Soyuz; realizar pesquisas enviadas pelo Brasil e mais de outras 80 em andamento naquele momento na ISS; e divulgar o programa espacial brasileiro.
Experimentos no espaço
O astronauta Marcos Pontes realizou experimentos escolhidos pela Academia Brasileira de Ciências e pela AEB. O conjunto de pesquisas tecnológicas envolveu duas da Universidade Federal de Santa Catarina aplicadas a minitubos de transferência de calor e duas da Universidade Federal de Pernambuco sobre sensores de difusão empregando nanotecnologia. Também realizou quatro pesquisas científicas de desenvolvimento de conhecimento. Uma preparada pela Embrapa a respeito de desenvolvimento de plantas em microgravidade. Outra idealizada pela Faculdade de Engenharia Industrial sobre enzimas para conservantes de alimentos. Para a Universidade Estadual do Rio de Janeiro, cuidou do estudo de recuperação de DNA para voos espaciais de longa duração. Para o Centro de Pesquisas Renato Archer executou experimentos de interação de nuvens de proteína. Além das atividades científicas, conduziu dois experimentos educacionais preparados por alunos do ensino fundamental da Secretaria de Educação de São José dos Campos (SP).
Após a realização da Missão Centenário, a exemplo dos outros astronautas de missão, a Aeronáutica determinou sua transferência para a reserva militar, já que havia atingido o máximo posto possível na sua carreira na FAB – Força Aérea Brasileira, para que pudesse contribuir com a AEB e desenvolver funções civis da carreira de astronauta, nos campos de influência administrativa, técnica e educacional. Atualmente, continua à disposição do Brasil como Astronauta.
A função de Marcos Pontes, como astronauta, não incluía escolher ou julgar as pesquisas selecionadas pela AEB e a ABC. Contudo, observou a qualidade dos experimentos nacionais e viu que foram tão elogiados no exterior.
Infelizmente, no Brasil, alguns críticos da imprensa e pretensos cientistas sem visão estratégica se limitaram apenas a criticar o custo da missão e citar, muitas vezes com ironia, os experimentos das crianças de São José dos Campos, tão ricos no sentido, como as outras experiências eminentemente científicas. Como diz material disponível no espaço de internet mantido pelo astronauta, esses críticos elogiaram fortemente os mesmos experimentos educacionais de estudantes chineses, quando realizados, em 2013, por uma astronauta chinesa.
Visite: www.marcospontes.com
Saiba mais: Blog do NINJA de 28/06/2011 e de 29/03/2012