China terá oferta de 20 jatos da Embraer
A Embraer deve fechar mais negócios na China durante a visita do presidente Michel Temer ao país. Espera-se que o governo da China conceda autorizações para a Embraer vender mais 20 jatos regionais - cujos preços de tabela seria da ordem de US$ 1,5 bilhão. Também é esperado o sinal verde do governo para que a fabricante brasileira faça a entrega de 18 aparelhos do modelo E190-E2, a nova geração de aviões comerciais da Embraer, já vendidos mas não faturados, em um negócio da ordem de US$ 1 bilhão a preço de tabela. A companhia compradora desses 18 aviões é a holding Hainan. As novas aeronaves são destinadas às suas subsidiárias Tianjin e Fuzhou, que pertencem ao grupo HNA, o mesmo que tem participação minoritária na brasileira Azul e está perto de concluir a operação de compra da Odebrecht no aeroporto do Galeão (RJ).
Desempenho anual
As aeronaves comerciais da Embraer atualmente transportam mais de 17 milhões de passageiros por ano em mais de 370 rotas, conectando 130 cidades na China. A Embraer chegou a ter uma unidade industrial na China, entre 2003 e 2016, a Harbin Embraer Aircraft Industry (Heai), resultado de uma joint-venture com a estatal chinesa Avic, que envolveu as também chinesas Harbin Aviation Industry e a Harbin Hafei Aviation Industry. Inicialmente, a unidade da Embraer fabricava o jato comercial ERJ-145, de 50 assentos, que passou a ter pouca demanda na medida em que o mercado chinês crescia rapidamente. A Embraer pretendia produzir lá modelos maiores, como o E190. Mas o projeto foi barrado pela China, que negou à empresa brasileira a autorização para esse programa. O motivo é que os chineses já tinham um programa próprio da fabricante local Comac, para esse segmento de aeronaves. Conforme estudos da Embraer, a China necessitará de 1.070 novos aviões de 70 a 130 assentos nos próximos 20 anos.