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Voar é um desejo que começa em criança!

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

ITA

Instituto é celeiro de empreendedores educacionais
Uma nova safra de empreendedores em educação vem crescendo rapidamente no Brasil. Eles desenvolvem atividades de alto impacto social, mas o que fazem não é voluntariado. Aprenderam a lucrar com a educação e criaram empresas comercialmente competitivas. Ao mesmo tempo, estão democratizando o conhecimento em todo o País e têm alcançado bons resultados. O que há em comum? Estudaram Engenharia no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), instituição de ensino superior com um dos vestibulares mais concorridos do País. Com seus currículos, poderiam ter escolhido trabalhar em qualquer área - de bancos a grandes multinacionais. Mas abriram mão de parte da lucratividade para desenvolver atividades que promovam responsabilidade social. A preocupação com uma educação de qualidade, no entanto, não é uma exclusividade dessa nova geração. O próprio ITA foi fundado com o propósito de "formar técnicos competentes e cidadãos conscientes", como dizia seu criador, o tenente-coronel Casimiro Montenegro Filho. Desde então, diversas gerações de alunos compartilharam o aprendizado que adquiriram para entrar na universidade com milhares de outros jovens - por meio de aulas particulares e em cursinhos de baixa renda ou fundando suas próprias empresas. Muitos desses empreendedores começaram a dar aulas no CasdVest e no Casdinho, cursinhos gratuitos e sem fins lucrativos criados por alunos do ITA e voltados a jovens de baixa renda. O primeiro ajuda os interessados a entrar nas melhores universidades e o segundo, no colégio da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). É o caso de Thiago Feijão, que está no último ano de Engenharia Mecânica. Ele é ex-presidente do CasdVest, ajudou a fundar o Casdinho e o Instituto Semear, que ajuda a população de baixa renda a se manter na faculdade. Na graduação, também fundou uma startup de educação, o Quadrado Mágico. Incentivados pelos exemplos, alunos mais novos também pretendem seguir esses passos, como a atual presidente do Casdinho, Isabella Amorim Gonçalez, de 21 anos. "Antes, ou era ganhar dinheiro ou mudar o mundo. Hoje, brinco que podemos fazer os dois." 

Texto: Bárbara Ferreira Santos