Balões são risco para a aviação
Um telespectador da Record TV gravou, dia 31 de maio de 2018, uma cena cada vez mais frequente nos céus brasileiros: um avião passando próximo de um balão. Só nos primeiros cinco meses do ano, 67 aviões precisaram tomar alguma medida para desviar de balões enquanto voavam de um total de 319 relatos de balões observados pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) da Força Aérea Brasileira.
Nessas 67 ocorrências os pilotos, a maioria no comando de voos comerciais de grande porte, precisaram tomar alguma medida durante o voo por estarem em uma rota invadida por balões.
Já as outras 252 ocorrências foram registradas como forma de prevenção para que nenhum voo fosse afetado pelo problema e as autoridades de navegação aérea e pilotos tomassem as providências para evitar riscos maiores.
Arremetida
Em um destes casos, o voo de uma companhia aérea que chegava da Argentina precisou arremeter, isto é, fazer o avião subir instantes antes de tocar a pista no aeroporto de Guarulhos.
Em um outro caso, o piloto de um voo que decolava para o Chile precisou fazer uma manobra evasiva, pois o balão estava diretamente a sua frente logo após a decolagem - o balão ficou a menos de 100 metros da aeronave, segundo o relato do piloto.
Soltar balões é considerado crime ambiental e também oferece risco para a segurança do espaço aéreo. Pela lei ambiental, a prática pode resultar em pena de um a três anos de prisão e pagamento de multa. Já por oferecer risco ao espaço aéreo, a pena pode chegar até 12 anos de prisão.
Caso de polícia
A Polícia Militar Ambiental chegou a realizar, na manhã do 31 de maio de 2018, uma operação para coibir a soltura de balões na zona sul de São Paulo. Durante a ação, dois homens foram presos e um menor foi apreendido.
Em ambos os casos, os autores tentavam resgatar os balões, quando foram surpreendidos pelos policiais. No bairro Jabaquara, o balão pegou fogo durante a queda, restando apenas a cangalha. Uma moto utilizada pelos suspeitos também foi apreendida.
Fonte: Portal R7, via FAB